I SEMINÁRIO DE MULHERES MILITARES DO PARÁ
Publicado: 8 de março de 2022 - Hora: 19:20

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I SEMINÁRIO DE MULHERES MILITARES DO PARÁ

O Dia Internacional da Mulher foi marcado por discussões sobre os desafios na carreira e atuação da mulher militar nas instituições públicas, no I Seminário de Mulheres Militares do Pará, realizado no Centro de Convenções Ismael Nery, em Belém. O evento é um marco histórico, pois foi realizado pela primeira vez em 40 anos, desde quando as mulheres passaram a integrar as corporações no Pará. A coronel da Polícia Militar Adriana Nacif coordenou o evento aberto para mulheres e homens. “Os desafios são inúmeros mas, durante 40 anos, conseguimos avançar em vários aspectos. Hoje somos uma tropa de quase 1.700 mulheres que estão prontas com a sua sensibilidade e preparo profissional para atender a sociedade da melhor forma possível. A carreira militar é almejada por muitas mulheres principalmente quando conseguimos pensar em proporcionar segurança para a comunidade”, comentou coronel Adriana. Procuradora Titular da Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), a deputada estadual Nilse Pinheiro avalia a necessidade de encaminhamentos e propostas para interagir com o Plano Estadual de Políticas Públicas do Estado do Pará. “Quando se passa para o âmbito da mulher militar é quase um campo velado, não há debates e discussões que impedem o conhecimento da realidade e por isso a importância desse seminário. Esse dia 8 de março é emblemático que vem do histórico de luta. Temos muitos avanços, percebemos um esforço coletivo, da base, das nossas políticas que têm esse olhar específico para as mulheres”, pontuou a deputada.

Entre os desafios das mulheres militares está a luta contra o assédio sexual e moral nas forças armadas. O assunto foi tema de palestra proferida por videoconferência, diretamente de Brasília, pela ministra Elizabeth Rocha, do Superior Tribunal Militar (STM). Denunciar ou provar o crime é uma das dificuldades nessas relações que se caracterizam pelo constrangimento de obter vantagem de forma repetida em função do cargo exercido. O seminário teve a participação de agentes de segurança da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar do Pará, Guarda Municipal de Belém, Polícia Penitenciária do Pará, além de autoridades dos poderes executivo, legislativo e judiciário.

O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) Ualame Machado parabenizou as mulheres e a organização desejando que as proposições sejam concretas para trabalhar em benefícios que promovam que mulheres conquistem cada vez mais espaços na sociedade. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, desembargadora Célia Regina é a primeira mulher a ocupar o cargo e comentou sobre o 8 de março. “É um dia que dá destaque à mulher por sua luta, pela incessante capacidade de se reerguer e pela conquista do seu espaço na sociedade. É com muito orgulho que integro o poder judiciário do estado do Pará e hoje na condição de presidente é possível desenvolver um trabalho de respeito e valorização da mulher, da integridade dela. É de uma responsabilidade tamanha e isso diz às mulheres que, com dedicação, compromisso e responsabilidade, todas podem galgar cargos e ocupar seu lugar de destaque, fazendo o melhor em prol da sociedade”, acredita.

A tenente Iara integra o Corpo de Bombeiros Militar do Pará, e se sente realizada ao servir à sociedade lidando diretamente com vidas. “A profissão de bombeiro militar tem uma característica muito masculina devido à força para algumas atividades e nós estamos quebrando essa visão, mostrando que a mulher também é capaz de desempenhar todas as funções. Temos mulheres em diversas unidades e setores, combatentes. Em algumas ocorrências temos uma aproximação maior com quem está precisando de socorro, principalmente se for outra mulher que se sente mais segura em conversar com a gente”, exemplifica.

A oficial conseguiu um feito inédito de ser a primeira mulher a conquistar o primeiro lugar no curso de formação. “Graças às pioneiras tanto do quadro de saúde quanto de combatentes, temos como saber que o caminho é seguro. Antes de nós vieram mulheres militares que trilharam o caminho”, pontua.

Fonte: SECOM/Agência Pará

Fotos: 5ª SEÇÃO DO EMG/ASCOM CBMPA

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