O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, por meio do 1º Grupamento de Proteção Ambiental (1º GPA), realizou na última quarta-feira (23), uma simulação teórica de desastre envolvendo os funcionários e dirigentes que atuam em situação de crise em uma empresa multinacional, responsável pelo processamento de alumínio e energia, em Paragominas.
Representantes do CBMPA – 2° Tenente QOBM Rômulo, Sargento Jhonatan, Cabo Julio Cezar – foram convidados a participar para que, através de discussões, pudessem entender como se daria uma possível atuação conjunta em caso de rompimento das barragens. Ao início da simulação, foi apresentado como se dava o sistema de monitoramento das represas, como se desenvolvia o retorno dos resíduos ao meio ambiente e como é feita a retirada da água e solidificação desses resíduos. O Geotécnico responsável local explicou que existem 3 níveis de emergência:
O nível de emergência 1 se dá quando em 4 fiscalizações, uma anomalia que é pontuada em 6, de acordo com uma escala estabelecida pela companhia, não é sanada. A anomalia seria causada por uma erosão caracterizada por um fluxo de água que encontrava-se atravessando o maciço (barragem). Este fluxo pode ser pequeno, entretanto, devido a ocorrência de uma chuva muito forte, há possibilidade de ficar cada vez mais acentuado, provocando grande prejuízo na estrutura do maciço. Desta forma, os funcionários começam a desenvolver o uso de seus equipamentos para vedar a brecha que se forma no local.
No nível de emergência 2, foi simulado que a brecha não foi vedada devido a falha do equipamento que não poderia ser substituído. Nota-se que a simulação tinha como premissa abordar a situação mais extrema de crise. Neste ponto, o CBM já seria informado para caso a empresa necessitasse do auxílio.
Já o nível de emergência 3 é caracterizado por uma situação em que a represa está em situação de rompimento iminente, e a partir disso o Corpo de Bombeiros Militar atua junto com a empresa para realizar a retirada das pessoas que se encontram em risco.
É importante salientar que a comunicação entre os órgãos é essencial na situação que foi estipulada para a simulação. Desse modo, foi realizada a atualização dos contatos que a empresa possui em relação ao 1°GPA.
“Para o 1⁰ GPA, é fundamental criarmos cenários prospectivos quanto a um futuro indesejado, mas saber como lidar com ele é determinante para os órgãos de proteção e Defesa Civil, sendo essa uma experiência ímpar para os militares do nosso Grupamento” frisou o Tenente Coronel Cezar Alberto, Comandante do 1⁰ GPA.
5ª Seção do EMG/ASCOM CBMPA
Texto: Tenente Coronel Cezar Alberto/VC BM Laylton Corpes
Fotos: 1⁰ GPA/Paragominas
