O Corpo de Bombeiros Militar do Pará, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, reuniu ontem (12) com representantes de secretarias do Governo do Estado do Pará, para discutir ações referentes à decretação de situação de emergência do município de Belém.
Após a Prefeitura declarar situação de emergência na manhã de ontem (12) em razão das fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias, as entidades da esfera municipal e estadual estão autorizadas a intervir para controlar a situação. De acordo com Franklin Baima, da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), “somente até o dia 10 deste mês nós já tivemos 596 milímetros, superando a média esperada para este período do ano que normalmente é de 450 milímetros. E isso se dá em decorrência do aquecimento das águas do Atlântico e outros fatores climáticos que contribuem para esse cenário”, disse o especialista que também alerta que essas chuvas se estenderão até o mês de maio.
Sendo assim, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil convocou uma reunião para alinhar estratégias entre a instituição e secretarias do governo estadual. Estavam presentes representantes da SESPA, SEMAS, SEASTER, COHAB, SETRAN e o Comandante Operacional da corporação, Coronel Reginaldo Pinheiro.
Em situações caóticas como essa, de alagamentos, enchentes e tragédias naturais aumentam os números de atendimentos não só de resgates e outras ocorrências dessa natureza, mas de perda de bens materiais, e principalmente de doenças, sendo fundamentais a formação dessa rede de ação e apoio à população. Nesse sentido, a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) está realizando o monitoramento da incidência de doenças ou casos relacionados às inundações, além de contar com o Programa de Vigilância em Saúde Ambiental dos riscos associados aos desastres (Vigidesastres) em conjunto com o Ministério da Saúde, para reduzir os impactos de desastres naturais, riscos e efeitos à saúde pública.
O objetivo principal da reunião envolvendo as secretarias de Estado, é formar o início e antever as ações que devem ser tomadas na formação de um “gabinete de crise”, que ainda não foi estabelecido, pois somente o Governador pode realizar o acionamento dessa ferramenta e que deve servir de resposta para ações em outros municípios que também decretaram situação de emergência. De acordo com o Coronel Jaime Benjó, Coordenador Adjunto de Defesa Civil, “o conjunto de ações de defesa civil já estão sendo implementadas e o estado entrará com ações complementares ao município nos bairros de Belém” afirmou o Coronel.
ASCOM CBMPA
